Enquanto escrevia este soneto, umas mil pessoas
perdiam a vida nas chuvas da região serrana do Rio de
Janeiro!
Montanhas de águas sobre nós que vem,
furiosas, dos negros céus de janeiro...
E pesadas, como se o mundo inteiro
dentro de si mesmo não se contém!
É o lado triste do lindo verão:
Este tempo implacável que desaba,
aumentando ainda mais nossa desgraça,
deixando nossos pilares no chão!
Esse é o argumento da natureza
que agredimos com tolo desrespeito,
desfazendo-nos de sua beleza!
Nós somos como crianças sem peito!
Também jogamos fora a mamadeira...
Crescemos sem dormir no nosso leito!
Acyr - 12/1/2011
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