Corpos que voam, vidas sem alento
Se cotovelam na terrível busca
Gemem, imploram no rodeio lento
Pra se apagar o fogo que os chamusca
Ardem entranhas. Aço é o que se come
Talher de pau que corta a podre fruta
Na tentativa de aplacar a fome
Que fere a alma crua que lhes chuta
Esbugalhados olhos, vã labuta
Naquele morro descem, vão sem cor
Estão atrás da refeição futura
Balcões escuros, mãos tremendo e sujas
É inconfundível e acre o doce odor
Da procissão das tristes mil figuras
..
English version:
End of Market
Bodies that fly, lives without rest
Elbow in the terrible quest
They moan, beg at the slow rodeo
To extinguish the fire that scorches them
Burning bowels. Steel is what eat
Wood's cutlery cutting the rotten fruit
In attempt to placate hunger
That hurts the raw soul that kicks them
Eyes bulging, useless toil
On that hill they descend, they go without color
They're hunting the future meal
Dark counters, hands shaking and dirty
It's unmistakable and acrid the sweet smell
From the procession of the sad thousand figures
Acyr - 11/08/2006
Acyr - 8/11/2006
Nenhum comentário:
Postar um comentário