Igreja Católica: A Verdadeira Bruxa - A
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Igreja Católica: A Verdadeira Bruxa - A
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A Inquisição Expõe Sua Verdadeira Face
Representação de Tomás de Torquemada, chamado de "Martelo dos Hereges" pelos católicos fanáticos de hoje, como se fosse uma honra ser chamado assim. Este assassino espanhol agiu com tal brutalidade em nome da fé católica contra cidadãos inocentes, que até hoje, seu nome é personificação de terror e injustiça. Mesmo assim, o Papa Cisto IV o elogiou como "zeloso prestador de serviços para a glória de Deus". Com certeza foi zeloso, mas só se for para o "Deus deste mundo" - 2ª Coríntios 4:4
Inquisição - As Primeiras Letras da Morte
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Inquisição - Prólogo
- A Europa do Século XVI -
O Vírus da Inquisição
Representação de Tomás de Aquino. Este "santo" acabou se infectando com o "vírus" da Inquisição, ou da vontade de matar e, com ele, contaminou outros
- Longe da Bíblia -
A inclusão de escritos sabidamente não bíblicos na Bíblia, por parte da Igreja Católica, mostra o quão afastada das Escrituras Sagradas ela estava.
Isso aconteceu no Concílio de Cartago, em 397. Não obstante a decisão daquele Concílio só foi "confirmada" muito mais tarde, em 1546, no Concílio de Trento. Durante esse tempo, de mais de mil anos, houve muitas disputas a favor e contra. A Igreja ficou na "incerteza" se os apócrifos eram ou não parte da Bíblia. ora pendia por rejeitá-los, ora por aceitá-los.
Incerteza por quê? Bastava considerar o fato de que até o Século 3, tais livros nunca fizeram parte da Bíblia. Há de se considerar também que a Bíblia é um livro produzido por judeus, principalmente as Escrituras Hebraicas (o "antigo testamento"). É, portanto, literatura e questão inteiramente judaicas. E os judeus não consideravam tais livros como parte a Bíblia, ou "canônicos", desde muito antes do aparecimento da Igreja Católica, no Séc. 4º
Por exemplo, no Concílio judeu de Jâmnia, por volta de 90, antes mesmo de João escrever o Apocalipse, foram rejeitados terminantemente tais livros, visto que eram tentativas de certos grupos dissidentes de incluí-los nas Escrituras judaicas.
Assim, na questão da Bíblia, a Igreja Católica, séculos mais tarde, se apropriou de literatura judaica, como se fosse sua e a modificou. De fato, hoje, os padres da Igreja costumam dizer que "foi a igreja que produziu a Bíblia". Sim, isso é fato, mas a Bíblia que "produziram" é uma bíblia adulterada e não versões da Bíblia original.
Mas o que são e quais são os livros apócrifos?
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- "Cuidadosamente Ocultas" -
A palavra grega a·pó·kry·fos, que traduz a moderna palavra "Apócrifo", aparece três vezes na Bíblia (Marcos 4:22; Lucas 8:17 e Colossenses 2:3) e significam, nas três ocasiões, coisas ‘cuidadosamente ocultas’. Eram escritos não lidos em público, portanto, ‘ocultos’. De forma que, no princípio, a palavra "apócrifo" não se referia aos livros rejeitados.
Mais tarde, contudo, como aconteceu com a palavra "Eclesiastes" (ou "congregação", ou "igreja") que, de significar "chamar para fora" passou a denominar o nome de um templo religioso, "apócrifo" também assumiu outro sentido, que estipulava "o que não é canônico". Nos dias atuais a palavra é usada especificamente para referir-se aos escritos não inspirados por Deus adicionados pela Igreja Católica na Bíblia. Os escritores católicos se referem a tais livros como deuterocanônicos, que significa “do segundo (ou posterior) cânon”, para diferenciá-los dos protocanônicos.
Esses escritos adicionais são Tobias, Judite, Sabedoria (de Salomão), Eclesiástico (não Eclesiastes), Baruc, 1 e 2 Macabeus, suplementos de Ester, e três adições a Daniel, com nomes diversos, tais como: Cântico dos Três Jovens, Susana e os Anciãos, e A Destruição de Bel e do Dragão.
O tempo em que foram escritos é incerto, mas a evidência indica uma época não anterior ao segundo ou terceiro séculos AEC. Ou seja, bem depois que as Escrituras Hebraicas já estavam fechadas, já que os livros de Esdras, Neemias e Malaquias, os últimos, foram escritos no quinto século AEC.
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- Contra a História -
A Igreja Católica, ao adotar os livros apócrifos como bíblicos, ela vai também contra a História.
Flávio Josefo (37 - 100), historiador judeu do primeiro século, mostra o reconhecimento dado apenas a esses poucos livros (do cânon hebraico), sobre o cânon bíblico escreveu: “Não possuímos miríades de livros incoerentes, que discordam entre si. Nossos livros, os devidamente acreditados, são apenas vinte e dois [equivalentes aos 39 livros das Escrituras Hebraicas segundo a divisão moderna], e contêm o registro de todos os tempos.”
Daí, sobre os apócrifos, escreveu: “Desde o tempo de Artaxerxes até o nosso próprio tempo, a história completa foi escrita, mas não foi considerada digna de crédito igual aos registros anteriores, porque cessou a sucessão exata dos profetas.” — Against Apion (Contra Apião), I, 38, 41 (8).
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- Contra A Própria História -
A Igreja Católica não vai, na questão dos Apócrifos, só contra a História geral. Vai também contra sua própria História.
Os principais peritos bíblicos e “pais da igreja” dos primeiros séculos da Era Comum (EC) deram aos Apócrifos uma posição inferior, ou nenhuma posição na Bíblia. Por exemplo, Orígenes, do início do terceiro século EC, em resultado de cuidadosa investigação, fez tal diferenciação entre esses escritos e os do cânon verdadeiro. Atanásio, Cirilo de Jerusalém, Gregório Nazianzeno e Anfíloco, todos do quarto século EC, fizeram catálogos que alistavam os escritos sagrados, sempre de acordo com o cânon hebraico. Eles ou desconsideraram esses escritos adicionais ou os colocaram numa classe secundária, para posterior investigação.
Jerônimo (347 - 420), É visto por muitos como “o melhor perito hebraico da igreja primitiva". Quando ele terminou a tradução da Vulgata Latina em 405 EC (a tradução da Bíblia para o Latim), adotou uma posição definida contra tais livros apócrifos. Na Vulgata Latina, encomendada pelo "Papa" Dâmaso 1 (305 - 384), a primeira "Bíblia oficial" da Igreja Católica, não continha os Apócrifos.
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- "Devem Ser Evitados" -
Jerônimo foi o primeiro a usar a palavra “apócrifos”, em sentido depreciativo, explicitamente no sentido de não canônicos, a tais escritos rejeitados. Assim, no seu prólogo aos livros de Samuel e de Reis, Jerônimo alista os livros inspirados das Escrituras Hebraicas da mesma forma que outros "pais da Igreja": em harmonia com o cânon hebraico (em que os 39 livros estão agrupados como 22). Ele diz: “De modo que há vinte e dois livros . . . Este prólogo das Escrituras pode servir como enfoque fortificado para todos os livros que traduzimos do hebraico para o latim; de modo que saibamos que tudo o que for além destes precisa ser colocado entre os apócrifos.”
Ao escrever a uma senhora chamada Laeta, sobre a educação da filha dela, Jerônimo aconselhou-a: “Todos os livros apócrifos devem ser evitados; mas, se ela quiser alguma vez lê-los, não para determinar a verdade das suas doutrinas, mas por respeito pelos seus maravilhosos contos, deve dar-se conta de que não foram realmente escritos por aqueles a quem são atribuídos, que eles contêm muitos elementos falhos, e que requer grande perícia para achar ouro na lama.” — Select Letters (Cartas Seletas), CVII.
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- Estavam Na Septuaginta Grega? -
A Septuaginta Grega é a tradução das Escrituras Hebraicas judaicas para o coiné (ou grego coiné, ou "grego helenizado"), língua falada no Egito entre o 3º Século AC e o Século 1.
Alguns argumentam a favor da canonicidade dos escritos Apócrifos dizendo que eles podem ser encontrados em muitas cópias primitivas da tradução Septuaginta grega das Escrituras Hebraicas, tradução iniciada no Egito por volta de 280 AEC.
No entanto, visto que não existem cópias originais da Septuaginta, não se pode afirmar categoricamente que os livros apócrifos foram originalmente incluídos nesta obra. Os escritos apócrifos foram admitidamente escritos depois do início do trabalho de tradução da Septuaginta, sendo óbvio que não constavam da original lista de livros escolhidos para a tradução por parte do grupo de tradutores. Assim, os apócrifos são acréscimos posteriores a tal obra.
Adicionalmente, embora os judeus de língua grega de Alexandria, no Egito, com o tempo inserissem tais escritos apócrifos na Septuaginta grega, e, pelo que parece, os considerassem como parte dum "cânon ampliado" de escritos sagrados, a declaração de Josefo, já citada, mostra que jamais foram incluídos no cânon de Jerusalém, ou Palestino, e, no máximo, eram considerados como apenas escritos secundários, e não de origem divina.
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- O Testemunho de Jesus e dos Apóstolos -
Mas, a evidência contra os apócrifos mais contundente é que Jesus e os apóstolos não os citaram em suas palavras e escritos, embora citassem a maioria dos outros livros bíblicos. Alguns argumentam que esse fato não é conclusivo, visto que em seus escritos também não possuem citações de alguns livros reconhecidos como canônicos, tais como Ester, Eclesiastes e O Cântico de Salomão. Tais livros, porém, são citados por outros que Jesus e os apóstolos citaram, já que as escrituras se completam. O contrário também acontece frequentemente. As Escrituras Hebraicas citam as Escrituras Gregas extensivamente, principalmente no que se refere às profecias sobre Jesus Cristo e o restabelecimento do Reino de Deus.
Mas os escritos Apócrifos não são citados nem uma vez. Não se faz nem mesmo leve menção deles em parte alguma da Bíblia. E isso é certamente significativo.
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Na Próxima parte vamos nos aprofundar nas disputas dentro da Igreja por causa dos Apócrifos. O que levou a Igreja a adotar uma posição tão contrária à razão, a lógica e a realidade histórica, incluindo a dela própria? Quais são as consequências para as pessoas que ou consideram os apócrifos como livros bíblicos ou não pensam muito na questão?
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Continua
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Igreja Católica - Como Se Formou? - Parte 19
Uma tortura feita durante a Inquisição. Será que Deus aprovaria atitudes como essa, para a "sua maior glória"? Obviamente que não. Mas foi nisso, nesse reinado de horror e injustiça descomunais, o que o que se transformou a igreja romana durante toda a Idade Medieval. Mais detalhes deste terrível período da História humana vermos nas próximas partes.