segunda-feira, 6 de maio de 2024

O Celibato

 O Celibato

"...nos tempos vindouros, alguns hão de apostatar da fé, dando ouvidos a espíritos embusteiros e a doutrinas diabólicasde hipócritas e impostores que, marcados na própria consciência com o ferrete da infâmia, proíbem o casamento..." - 1ª Timóteo 4:1-3


O Que É?
Curioso é que o termo deriva do latim "cælibatus", que, na Roma antiga designava as pessoas que "mantinham sua condição de solteiro(a), sem no entanto deixarem de ter relações sexuais". O "célibe", palavra semelhante à "devasso", era a pessoa que, aos olhos da sociedade romana, "fazia sexo sem estar casado(a)".
No entanto, hoje  o "celibato" é usado para designar, principalmente entre os clérigos católicos, aqueles que "se abstêm de sexo".

Igreja Admite: O Celibato Não É Obrigatório
Na encíclica de 1967, o Papa Paulo VI admitiu que “o Novo Testamento, em que nos é conservada a doutrina de Cristo e dos Apóstolos, não exige o celibato dos ministros sacros”. Similarmente, A The Catholic Encyclopedia também declara: “Estes trechos [1 Timóteo 3:2, 12 e Tito 1:6] parecem fatais para qualquer argumento de que o celibato se tornou obrigatório para o clero desde o início. . . . Esta liberdade de escolha parece ter durado por todo o que podemos chamar . . . de primeiro período da legislação da Igreja, [isto é] até por volta do tempo de Constantino e do Concílio de Nicéia.”
Assim, se o celibato, hoje obrigatório aos sacerdotes apesar de reconhecido como "não obrigatório", não se origina nem de Cristo, nem de seus apóstolos, de onde proveio?

Origem no Paganismo Egípcio e Babilônico
Nos antigos tempos pagãos, o celibato era encarado com honra”, observa a Cyclopœdia de M’Clintock e Strong. Outras obras de referência indicam que tais “velhos tempos pagãos” remontam à antiga Babilônia e Egito. Declara The New Encyclopœdia Britannica: “Com o surgir das grandes civilizações antigas, o celibato aflorou em diversos contextos.
Ele estava, por exemplo, conectado com a adoração de Ísis, a deusa "mãe de deus" egípcia da fertilidade, como observa a Britannica: “A abstinência sexual era um requisito absoluto para aqueles que celebravam os santos mistérios dela.”
Alexander Hislop observou em seu livro As Duas Babilônias: “Todo perito sabe que, quando a adoração de Cibele, a deusa babilônica, foi introduzida na Roma pagã, ela foi introduzida em sua forma primitiva, com seu clero celibatário.”
Tendo em vista que todas as obras históricas se referem ao celibato como tendo origem nos sacerdócios pagãos, por que será que, imitando as antigas religiões pagãs, a Igreja Católica, apesar de se dizer "cristã", adotou também este requisito de um clero pagão celibatário?

A Adoção do Paganismo Pela Igreja
Foi por motivos políticos e econômicos, e não baseado em interpretações de textos bíblicos (que vieram depois) que a Igreja adotou o celibato para seus sacerdotes.
Por um lado, um sacerdócio celibatário concede poder às autoridades eclesiais. Isto se dá porque, não tendo herdeiros para sua função sacerdotal, os sacerdotes podem ser substituídos apenas por nomeação hierárquica. Sobre isso a The Catholic Encyclopedia admite: Roma tem sido acusada de utilizar o celibato como instrumento “para garantir a submissão de seu clero à autoridade central da Sé Romana”.
Mas, há mais envolvido. A obra “História do Celibato Clerical”, mostra que o celibato obrigatório tornou-se parte da lei canônica somente no século 12 EC. O Papa que muito se empenhou em preparar o caminho para sua adoção foi Gregório VII (1073-85). Dele se diz que “via mais claramente do que nenhum outro o enorme aumento de influência que adviria dum conjunto estritamente celibatário de clérigos”. Ou seja, até aquele momento, em que a Igreja impôs uma mudança "não bíblica" em sua política, os sacerdotes católicos podiam ser casados, pois não se via a ameaça de filhos herdando os bens dos pais.
Mais ainda, além de promover o sistema hierárquico da Igreja Católica, a lei do celibato sacerdotal também conferia ao sacerdócio uma ascendência sobre o povo comum. Georges Duby, um dos destacados historiadores da França, disse à respeito dos monges e sacerdotes medievais que, por causa de seu celibato, “colocavam-se hierarquicamente acima dos outros; tinham o direito de dominar o restante da sociedade”.

Imposto Consta a Vontade
O Celibato atual, devido ao aumento do conhecimento de suas origens e da política egoísta e não bíblica da Igreja quanto ao assunto tem sido motivo de conflito  entre alguns sacerdotes.
Quando o Papa João Paulo II visitou a Suíça em junho de 1984, uma pesquisa mostrou que apenas 38% dos católicos naquele país eram a favor do celibato sacerdotal obrigatório. Nos Estados Unidos, uma pesquisa Gallup de 1983 mostrava que 58% dos católicos romanos eram a favor de se permitir que os padres se casassem.
Porém, mesmo em face dessas desse desagrado popular com o celibato, o Papa João Paulo II  confirmou a lei do celibato clerical. Ele não podia contradizer a "lei canônica", apesar de reconhecer  o quão errada ela está do ponto de vista religioso e bíblico.
Em resultado disso, quando questionados sobre esse assunto, os papas seguintes evitam falar sobre ele. As perguntas das entrevistas com os Papas são censuradas antecipadamente, retirando-se, entre outras, as que falam do celibato


Resultados Negativos do Celibato:
Os efeitos de se negar aos sacerdotes a oportunidade de se casarem são nocivos.
A Enciclopéida Católica diz:  “Não nutrimos nenhum desejo de negar ou amainar o nível baixíssimo de moral em que ocasionalmente mergulhava o sacerdócio católico, em diferentes períodos da história universal, e em diferentes países, que se denominavam cristãos.
Mesmo na atualidade, a imoralidade sacerdotal, em muitos países, tem tido o efeito de rebaixar o sacerdócio aos olhos das pessoas honestas. Isso se dá porque o celibato obriga o homem a ir contra sua própria natureza, suprimindo seu natural desejo de se casar e ter filhos.
Isso também ajuda a explicar porque, muitos padres, estando sob enorme pressão, se tornam pedófilos, homossexuais ou detentores de qualquer outra degeneração de ordem sexual.

Insistência no Erro e Confusão
A lei do celibato sacerdotal, adaptado de cultos pagãos, tem causado a degradação  do casamento, que bblicamente é um honroso arranjo, instituído pelo próprio Deus. E isso faz com que os homens, desprezando as mulheres, se tornem pervertidos sexuais.
A Enciclopédia Britância diz: “Esta ideia de pureza cultual aumentou a tendência de desvalorizar o casamento e de endemoninhar o sexo, e levou à exigência de que os sacerdotes e os monges guardassem o celibato, que provocou uma contenda, já por muitos séculos, no seio da igreja.”
O celibato sacerdotal, que é um costume pagão e nocivo, foi adotado erradamente pela Igreja Católica, que não pode mais voltar atrás, caso contrário seria como admitir mais de 1.000 anos de insistência no erro e que, em cuja confirmação se envolveu também a alegada "infalibilidade papal".
Isso explica por que a igreja não se pronuncia sobre o celibato ainda ser mantido, a revelia e sem discussões.
O celibato obrigatório não trouxe benefícios, nem para os leigos católicos, nem para os clérigos. A própria Igreja tem sofrido, uma vez que se crê, em geral, que a atual escassez de sacerdotes se deva notadamente a esta lei antibíblica.
Além desses graves problemas há mais um: A hipocrisia. Enquanto os padres nada dizem sobre essas questões, os leigos inventam fracas defesas para defenderem, sem conhecimento histórico algum, esse ponto  de vista da Igreja, usando inclusive de deturpadas interpretações de textos bíblicos, que por sua vez, são negados pela própria Igreja.
Assim, a confusão fica estabelecida na mente dos fieis católicos. A Igreja nada diz sobre o assunto apesar de suas publicações oficiais condenarem o celibato, Também não suprimem e nem endossam as "defesas" cegas que os leigos promovem do celibato.



Textos mencionados na postagem

1ª Timõteo 3:2 mencionado pela Enciclopédia Católica: "Porque o bispo tem o dever de ser irrepreensível, casado uma só vez"

1ª Timóteo 3:12, idem: "Os diáconos não sejam casados senão uma vez, e saibam governar os filhos e a casa."

Tito 1:5,6, idem: "...estabeleceres anciãos em cada cidade, de acordo com as normas que te tracei. (Devem ser escolhidos entre) quem seja irrepreensível, casado uma só vez, tenha filhos fiéis..."
Todos os textos bíblicos usados nesta postagem foram retirados da versão bíblica católica Ave Maria


Nota:

Babilônia é uma palavra que significa "confusão". Foi designada para definir a "confusão de línguas" causada por Deus aos habitantes de Babel, cidade construída por Ninrode ("Rebelde") que incitava as pessoas a se rebelarem contra a vontade de Deus

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