quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Chuvas de Janeiro

  
Enquanto escrevia este soneto, umas mil pessoas
perdiam a vida nas chuvas da região serrana do Rio de
Janeiro!

Montanhas de águas sobre nós que vem,
furiosas,  dos negros céus de janeiro...
E pesadas, como se o mundo inteiro
dentro de si mesmo não se contém!

É  o lado triste do lindo verão:
Este tempo implacável que desaba,
aumentando ainda mais nossa desgraça,
deixando nossos pilares no chão!

Esse é o argumento da natureza
que agredimos com tolo desrespeito,
desfazendo-nos de sua beleza!

Nós somos como crianças sem peito!
Também jogamos fora a mamadeira...
Crescemos sem dormir no nosso leito!

Acyr - 12/1/2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário