quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O homem Cana

 Aos poetas:

Ao sol ardente, quente, se bronzeia
esperando impávido pelo vento
que, como um castigo, lhe esbofeteia,
fazendo com que se perca no tempo!

Contudo, nem mesmo a cruenta labuta
que, sem piedade, lhe desvanece
e lhe castiga como fina agulha
na sua carne, que, aos poucos envelhece,

lhe faz retroceder de sua luta
para sorrir a você com bondade,
porque ele é tal qual um tambor que rufa!

O mundo louco já não o atura!
e quanto mais apertado lhe espreme
bem mais, ainda, lhe escapa doçura!

Acyr - 8/11/2006

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