quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Pesadelo

Pesadelo

Na penumbra da mente
avisto de repente
A sombra a me seguir
E comigo a bulir!

Na névoa densa, eu
Aquilo tudo é meu
Fui quem criei, pensei
No escuro eu sou a lei!

A sombra reaparece,
Avança e me arremete
Domina o meu ser
Não, não quero mais ver!

Fico então indefeso
Morto de desespero
Pesadelo medonho
Não! Não foi um sonho!


Acyr – 9/9/2006

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Pesadelo - 2

Cores neutras, negros tons!
Abismos rasos, com fogo!
Qualquer canto, só engodo!
Saber, voar: meros dons!

Não ter medo de cair!
Pairar em cima das casas!
Mas velozmente hão de vir,
vão surgir as negras asas!

A queda vertiginosa!
No chão que gruda, que cola!
Na ânsia de falar, grita!

A respiração difícil!
Dor: Esse amargo suplício!
Cruel olhar que me agita!

Acyr – 9/9/2006

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Pesadelo - 3

Cores neutras! Negros tons! Fantasia
Abismos rasos! Fogo... Longa queda
Em qualquer canto um grosso caldo azeda
Saber voar: Dom, foi um que eu queria

Não tinha medo de sair no chão,
De flutuar por sobre nossas coisas
Em meio a tudo, gente sobre moitas
Sem bater asas: Sou aberração!

Parece minha voz vertiginosa
Um grito sai da boca e me desola
Quero acordar a minha alma: Medo!

Abro os olhos: Como em dor de parto
Desta terrível noite eu estou farto
Até que enfim, findou-se o pesadelo!

Acyr – 15/6/2010

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